Na segunda sessão de 29 de Julho de 1782 do Convento de Wilhemsbad, retornando às questões levantadas por ele mesmo na oitava sessão de 25 de Julho, Jean Baptiste Willermoz conclui declarando de forma solene:
I. Não temos nenhum interesse na restauração da Ordem do Templo em relação a posses e riquezas que lhe foram tiradas; Mas, de qualquer forma, é na qualidade de maçons ansiosos pelos conhecimentos científicos dos quais ela parecia possuidora, que temos grande interesse em estabelecer nossa filiação com ela.
II. Que o sistema de filiação relativo a títulos, riquezas e quaisquer posses dessa Ordem é absurdo, ridículo e ilícito, já que não temos nenhum título à apresentar para sustentar tal pretensão.
III. Que, mesmo que este sistema estivesse fundamentado sobre títulos incontestáveis, seria imprudente, prejudicial para o progresso da Ordem maçônica e inclusive muito perigoso para a dita Ordem e para os indivíduos que a compõe, reconhecer, sustentar e favorecer de alguma maneira a continuação deste sistema; e, no caso de alguma sociedade, conhecida ou desconhecida, queira levar a cabo de algum modo o sistema de restauração efetivo, não devemos tomar parte com ela, e inclusive devemos romper toda e qualquer espécie de ligação com a dita sociedade, caso essa exista.
IV. Que o Convento Geral da Ordem deve incluir em suas atas uma declaração obrigatória a todos aqueles presentes, de maneira clara e precisa, as nossas conclusões sobre este assunto.
V. Que a filiação dos maçons com a Ordem do Templo seja relativa aos conhecimentos científicos da maçonaria, se estabelecendo por uma tradição constante e universal, comprovada por monumentos e testemunhos autênticos, sendo útil e necessário estabelecer e conservar uma conexão íntima entre a Ordem maçônica e Ordem do Templo da forma mais conveniente e apropriada a favorecer o progresso dos maçons em seus objetivos científicos, sem que isso possa causar a menor inquietude aos governos políticos.
VI. Rogo ao Convento Geral, em nome do Grande Capítulo Provincial de Auvérnia, que registre em ata minhas conclusões sobre as questões acima.
Posteriormente, em 21 de Agosto de 1782, se firmaria a seguinte Ata de Renúncia do Sereníssimo Grão Mestre Geral e de todos os Delegados Assistentes do Convento:
“Nós, Grão Mestre Geral, Chefes e Deputados dos Diretórios e Grandes Lojas Escocesas do Regime Retificado, renunciamos em nosso nome, em nome de nossos irmãos e de nossos sucessores, pública e solenemente, a um sistema que poderia ser perigoso por suas consequências, incompatível com a constituição atual da Europa, capaz de produzir preocupação aos Soberanos, aos quais nossa primeira lei nos ensina a bem querer e respeitar: Declaramos que se em algum momento nos foi imputado alguma tentativa de restauração mal compreendida da Ordem dos Templários, ou se algum irmão se afastar dos sábios princípios que adotamos nesse sentido, será desaprovado, considerado culpado e obrigado a desculpar-se, pela presente ata que firmamos todos por nossas mãos”
I.C.J.M.S. Que Nossa Ordem Prospere !!!
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