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Da Tradição e dos Trabalhos Maçônicos no R.E.R. - Segunda Parte

Atualizado: 15 de out. de 2020


Na primeira parte desse artigo falamos sobre tradição. Vamos propor agora uma metodologia para realização de peças de arquitetura nas lojas simbólicas, consequência lógica dos fundamentos anteriormente apresentados.

Forma de Fazer Pranchas ou

Apresentar Peças de Arquitetura nas Lojas Simbólicas



Toda Prancha, Trabalho ou Peça de Arquitetura nas Lojas ditas Simbólicas devem, obrigatoriamente, partir do Ritual do Grau (Entendendo-se aqui que a “Regra Maçônica Para Uso nas Lojas Reunidas e Retificadas de 1782” está inclusa no Ritual do Grau de Aprendiz. Em não estando, deve-se recorrer a ela paralelamente). Isso quer dizer que os temas tratados / sugeridos para tais trabalhos devem ser retirados unicamente do Ritual e nada fora dele deve ser tratado.

Os irmãos devem analisar cuidadosamente o sentido e o desenvolvimento do tema extraído do Ritual sob a luz do mesmo, orientado segundo a doutrina que juramos preservar, passando imediatamente após isso a iluminá-lo a Luz do Oriente, isto é, a complementar e ampliar o simbolismo e os princípios doutrinais do Ritual por meio das devidas referências bíblicas que a ele conduzam ou que o corroborem, valendo-se (de preferência) do Novo Testamento (“O Evangelho é a base das nossas obrigações. Se não acreditasses nele, cessarias de ser Maçom” - Regra Maçônica, Art I e II) podendo ainda navegar exegeticamente pelos textos dos Pais da Igreja ou seguir dentro de uma hermenêutica, dita de continuidade, até os textos cristãos atuais, desde que os mesmos corroborem a linha filosófica na qual estamos inseridos.

É necessário ainda que além da fundamentação teórica os Irmãos reservem algum espaço necessário a expressão da própria alma, devendo personalizar seus argumentos de acordo com sua inspiração, pois seria de pouca utilidade fazer um trabalho exclusivamente erudito se não houver nele uma implicação emocional que o vivifique e por meio da qual se integre na experiência imediata em si.

E uma vez tendo se aprofundado no precedente, pode-se ir expandindo o trabalho com autores de outras linhas filosóficas (aqui não se encontra limitador, desde que se parta do princípio que a consistência se mantenha com o que já foi resumido anteriormente).


Seguindo esta metodologia, partimos da Ciência Maçônica trabalhando com e sobre ela, iluminada pela Luz do Oriente, livrando-nos do “triste delírio daquele que fecha os seus olhos à Luz e caminha nas trevas espessas do acaso” (Regra Maçônica, Art I) e dos “sofismas vãos que provam a degradação do espírito humano, quando se afasta da sua fonte” (Regra Maçônica, Art I)


Conclusão



A Luz emana dessa Ciência e dali se expande através de nossas ações e dos saudáveis efeitos das virtudes que se derivam do ensino das máximas coletadas no Ritual indo em direção às trevas exteriores (a fim de dissipá-las).

O caminho inverso não pode ser tolerado, não podemos iluminar nossos templos com sofismas vindos do exterior, com superstições que beiram o ridículo, com “ciências” profanas que chegam a esquisitice (de tão exóticas que se propõem a ser); ou ainda, com distorções ocasionadas pelas lamentáveis hermenêuticas pessoais de alguns que, sob a capa de uma pseudo erudição, insistem em se fazer “gurus do rito” tentando nele enxertar, com a finalidade de descristianizá-lo e desconstruí-lo, toda sorte de interpretações falaciosas e fantasiosas cujo propósito maior é transformar o R.E.R. em um subproduto das seitas as quais pertencem.

Isso é assim pois a Ciência Maçônica (Ciência do Homem) é o que desperta em nós o verdadeiro sentido de nossa existência, o eixo em torno do qual todas as coisas devem girar. Poderíamos despertar este mesmo sentido de outra forma, mas então não estaríamos fazendo maçonaria e sim outra coisa.


O Maçon, iluminado por essa Ciência, poderá finalmente, tendo alcançado a devida maestria “utilizar com energia e sucesso, todos os meios que a Providência te confiou para te tornares útil aos homens e provar o gosto da Beneficência” (Preambulo da Regra Maçônica) pois “o Universo é a pátria do Maçom e nada do que diz respeito ao Homem lhe é alheio” (Regra Maçônica, Art IV:I)

I.C.J.M.S.

Que Nossa Ordem Prospere !!!


Fontes:

GEIMME

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