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Do Blog Primeiro Discípulo aos C.B.C.S: Lembra-te de Teu Primeiro Amor

Atualizado: 16 de out. de 2020

O Blog Primeiro Discípulo vem por meio desta postagem reverenciar os Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa que, nessa Terra de Santa Cruz, estarão em breve reunidos para repensar sua caminhada e sua posição ante a Ordem, a Cristandade, a Maçonaria e a sociedade. A vossa Ordem distinguiu-se, desde o início, pela sua fidelidade ao Regime Retificado e a causa maçônica, bem como pela sua irrenunciável fisionomia espiritual, repleta do mais alto ideal religioso e caritativo.


Continuai a caminhar, Bem Amados Irmãos, por esta estrada, dando testemunho concreto da transformadora força da fé. Os Apóstolos (a quem o Pai Fundador de nosso rito, Jean Baptiste Willermoz apontou como verdadeiros mestres dispensadores dos dogmas aos quais estamos obrigados) deixaram tudo para seguir a Jesus, e depois foram de encontro ao mundo, cumprindo o mandato de levar o Evangelho da Santa Religião Cristã a toda criatura; sem medo e sem concessões, anunciaram a todos a força da cruz e a alegria da ressurreição de Cristo, do qual tinham sido testemunhas diretas.


Pela fé, os mártires deram a própria vida, mostrando a verdade da Santa Religião Cristã que os transformara e os fizera portadores de um dom maior, fruto do amor, do perdão e da caridade até mesmo para com seus perseguidores.


E assim também, caros Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa, pela fé os membros de vossa Ordem se tornaram verdadeiros prodígios, na capacidade de assistir os homens em suas necessidades temporais (não temendo estender a mão ao doente ou ao pobre independente de seu estado de miséria) e espirituais.


Gloriosas foram as paginas que vossa Ordem escreveu por meio da caridade cristã e que tanto inspiraram respeito e admiração entre os membros do Regime Retificado, da Maçonaria em geral e mesmo aos olhos do mundo profano.


Em breve, reunidos, tereis a oportunidade de reafirmar vosso amor ao Cristo, vosso zelo no serviço aos pobres e aos doentes, de repensar vossos verdadeiros valores e a verdadeira profundidade de vossa vocação: Uma intensa vida espiritual formada na devoção a Nosso Senhor Jesus Cristo e na caridade para com os pequenos...


"Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras [...]" Apocalipse 2:5


Deixo-vos agora, com um excerto do discurso de Jean de Turkhein na 6ª sessão do dia 22 de Novembro de 1778 no Convento de Galias. "Muito Magníficos, Reverendíssimos Irmãos!"


Uma nova legislação acaba de reformar os abusos da antiga; a Cidade Santa está purificada e sobre seus altares fumegam já os incensos das boas obras que oferecemos como tributo a Divindade. Cavaleiros Benfeitores, defensores da Santa Religião de Cristo, suportes da humanidade afligida, acabamos de traçar vossos deveres e nossos votos estão escritos no céu. Uma posteridade agradecida bendirá nossos trabalhos desinteressados e vossos corações já se estremecem desta doce volúpia que é a recompensa mais sublime da virtude.


Traremos de novo à Terra a imagem desta Cidade Santa para a qual as esperanças do sábio e as certezas do cristão tendem igualmente. Meus Irmãos, iluminem o homem sobre suas necessidades, sem orgulho; aliviando suas dores sem ostentação; destruindo suas faltas, sem violência. Que nossos Templos sejam a pátria universal das almas sensíveis, que uma severa prudência, apoiada nos santos costumes, se assente na porta de nossa Cidade e afaste para sempre os corações duros e perversos! Quão feliz, estou, meus irmãos, por ter colaborado em nossos trabalhos! Vossa amizade me pagou com abundância.


Reunimos tantas forças individuais como foi possível para formar um depósito de luzes e bons feitos. Há necessidades físicas não satisfeitas das quais a beneficência deve secar a fonte. Novos pelicanos, que vosso peito se abra para saciar o infeliz que está secando na miséria, para mudar as lágrimas de sangue para que vertam em lágrimas de alegria e agradecimento.


Mas existem necessidades morais não menos preciosas para o espírito justo que, atormentado pelas incertezas o rodeiam desde seu cerne, cansado das ciências humanas que consultava em vão, as quais só lhe ofereceram, em lugar de verdades, erros reluzentes e palavras vazias de sentido, suspira por noções mais precisas sobre sua origem, seu destino e sobre suas forças, e é tentado a descer em si mesmo para despertar a semente destas qualidades intrínsecas em todo homem que foi criado a imagem da Divindade, porém estão ocultas pela apatia que os envolve ou o perjúrio que os destrói. Não podemos nos descuidar, meus irmãos, de satisfazer também as necessidades desta classe, saciar a sede da virtude que arde nos corações mais sensíveis.


Não prego o ascetismo, longe de mim qualquer contemplação puramente passiva que isola o cidadão e seca seu coração. Longe de nós estas sombrias meditações que concentram a imaginação exaltada nos gabinetes apartados, a perdem nas esferas ideais e a apartam do serviço a sociedade. Longe de nós estas combinações alquímicas, tão perigosas por seus atrativos; a cujas loucuras, certamente de forma acidental, devemos algumas descobertas interessantes, mas que uma química esclarecida explicou, baniu e finalmente expôs ao ridículo e a miséria.


Apartemo-nos destes erros, destas loucuras; a ocupação mais nobre do homem, depositário do Sopro Divino que o anima é a augusta contemplação da Verdade.


I.C.J.M.S. Que Nossa Ordem Prospere !!!

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