Mencionamos em postagem anterior que entre às fontes de inspiração que diretamente moldaram a doutrina do Regime Escocês Retificado poderíamos citar:
A doutrina esotérica de Martinez de Pasqually sobre a Origem, condição atual e o destino final do Homem e do Universo, que constitui uma síntese do pensamento gnóstico cabalístico judaico-cristão que impregnava o esoterismo dos séculos XVII / XVIII e do pensamento de Emmanuel Swedenborg, de Jacob Boheme e da Rosa-Cruz emergente nos séculos XVI e XVII (não confundir com o moderno Rosacrucianismo), apresentando ainda elementos neoplatonicos em sua composição.
A tradição cristã primitiva e os ensinamentos dos Pais da Igreja, sendo disso exemplo as obras de Orígenes de Alexandria.
Ora, é muito comum ao maçom retificado na atualidade o conhecimento (ainda que fragmentado) da doutrina esotérica de Martinez de Pasqually. Porém , esse mesmo maçom falha ao desconhecer um pouco sobre a Patrística e a tradição cristã primitiva.
Então, afim de aguçar o senso de pesquisa dos leitores , deixamos abaixo fragmentos do pensamento de Orígines de Alexandria cujo teor facilmente se identifica a doutrina de Martinez de Pasqually:
“Os que foram tirados de seu primeiro estado de bem-aventurança não foram tirados irreparavelmente, senão que foram colocados sob a regra das ordens santas e benditas, para que, se servindo de sua ajuda, sejam remodelados por seus princípios de disciplina, e, assim, possam se recuperar e ser restaurada a sua condição de felicidade. Por isto, sou da opinião, até onde posso ver, que esta ordem de raça humana foi designada para que no mundo futuro ou na era do porvir – quando será o céu novo e a terra nova, profetizada por Isaias – possa ser restaurada à Unidade prometida pelo Senhor Jesus na sua oração a Deus Pai, em nome de seus discípulos.”
“Esta matéria do corpo, que agora é corruptível, se revestirá de incorrupção quando a alma, perfeita e instruída nas provas da incorrupção, comece neste estado a se servir dela. E não o estranhes se chamamos de roupagem do corpo a alma perfeita que a causa do Verbo de Deus e de sua Sabedoria recebe aqui o nome de incorrupção. Por conseguinte, da mesma maneira que Cristo é a roupagem da alma assim também, por uma razão compreensível, a alma é a roupagem do corpo, e, em efeito, é um ornamento que vela e cobre sua natureza mortal. Isto é o que significa ‘é preciso que o corpo se revista de incorrupção’, como é necessário que esta natureza corruptível do corpo receba uma roupagem de incorrupção, uma alma que tenha em si a incorrupção por se haver revestido do Cristo, que é a Sabedoria e o Verbo de Deus. E quando este corpo, que, um dia, teremos glorioso, partícipe da Vida, então, ascenderá ao que é imortal, de modo que se fará também incorruptível"
I.C.J.M.S.
Que Nossa Ordem Prospere !!!
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