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LIBERTATEM LAPIS

Notas sobre a Recepção no Rito Escocês Retificado

Atualizado: 16 de out. de 2020


Neste Rito, de inspiração cavaleiresca e cristã, “formar a Loja” designa a reunião de todos os irmãos ao redor do retângulo do tapete, que contem o simbolismo do Grau descrito no tapete da Loja e do “Templo interior” (Interior podemos entender como o mundo exterior e o próprio homem que guardam os mesmos tesouros ou joias) e das “ferramentas” (que também existem na Natureza e no homem) necessárias para o seu desenvolvimento espiritual e moral.


O Triângulo (1) formado pelo Delta Luminoso acima e atrás do VM e as colunas J e B atrás ou lado (em conformidade ao espaço físico do Templo) das mesas dos Vvg formam um Triângulo ou Ternário (2) simbolizando a Trindade. O Delta Luminoso é a “Verdade” (o Pai), que tem o desejo permanente de levar o homem a seu primeiro Estado de Perfeição; através da ação do “Verbo” (Espírito Santo, a Ação da Palavra) no mundo simbolizado pelo circular do Irmão 2°Vig com o Recipiendário e as palavras do VM e do Introdutor no fim das viagens do Recipiendário.


Nos dois vértices inferiores do Triângulo estão às colunas J e B unidas pelo próprio Cristo que simbolicamente encontra-se “entre” as duas colunas na entrada da Loja confirmando as palavras d’Ele próprio ("Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem” João 10, 9) e nos recorda o primeiro e perfeito “Estado” de Adão através da humanidade de Jesus Cristo.


As três viagens do Recipiendário realizadas passando atrás da cadeira do VM e dos altares dos Vvg tendo os Irmãos que “formam a Loja” no seu interior, visto em perspectiva, formam a figura de um retângulo dentro de um triângulo e ambos dentro do círculo.


O Tapete da Loja é o retângulo em cujo centro figura a Estrela Flamígera (O homem, sua cabeça e membros). São uma recordação ao Recipiendário e a todos os Irmãos que o auxílio dos Irmãos é necessário para o desenvolvimento da humanidade, mas que somente com o auxílio do Deus Uno e Trinitário será possível alcançar a Gloria e retomar a “imagem e semelhança” perdidas.


Nos três vértices do Quadro da Loja estão as Três Grandes Luzes (Sabedoria, Força e Beleza ou Fé, Esperança e Amor entre outras) guiando como Faróis o homem no bom caminho e no trabalho de retificação de si mesmo; um vértice permanece aparentemente sem Luz, seria plausível considerar como a representação das trevas que permanecem neste mundo, mas ao lembrar o Livro da Lei; "No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma e vazia; às trevas cobriram o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: ‘Faça-se a luz! ’. E a luz foi feita” (Gênesis 1, 1 – 3) que claramente é uma referência da Onipotência do Criador, da sua presença em tudo e em todos, e que mesmo nas trevas há Luz, e é complementada pela frase do “Delta luminoso”: “Et tenebrae eam non comprehenderunt” unindo a ideia do Cristo (imagem divina do Homem) como o exemplo do caminho perfeito para o homem que busca sair das trevas e o prepara para receber a "Verdadeira Luz" aceitando livremente a ação transformadora e “deiforme” d’Ele.


Existe uma constante relação ternaria na maçonaria, uma herança de sua verdadeira origem, que é marcante, constantemente ressaltada no Regime Escocês Retificado, onde a noção de Luz está em consonância com a “Revelação”.

(1) Conforme imagem inicial.


(2) Ternário formado pelo Delta Luminoso; que corresponde a Luz de Deus e esta acima e atrás do VM, e as colunas J e B que estão atrás dos Vvg e simbolizam os dois São João (Evangelista e Batista os anunciadores da Palavra e do Mestre). A maçonaria consagra suas lojas aos dois e o RER, além disto, seus Banquetes Ritualísticos que são dedicados à benemerência.


I.C.J.M.S. Que Nossa Ordem Prospere!!!

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