“Caim concebeu operar um culto aos falsos deuses e ao príncipe dos demônios, para que eles lhe dessem uma potência superior àquela que o Criador dera ao seu irmão Abel, e sito para se vingar do suposto dano que recebera de seu pai por via do irmão. [...] Caim, primogênito de Adão, é o tipo desses primeiros espíritos emanados pelo Criador, e que o seu crime é o tipo daquele que esses primeiros espíritos cometeram contra o Eterno. Abel, o segundo filho de Adão, imita pela sua inocência e santidade o tipo de Adão, emanado após esses primeiros espíritos, no seu primitivo estado de justiça e de glória divinas. E a destruição do corpo de Abel, operada pelo seu irmão mais velho, Caím, é o tipo da operação que os primeiros espíritos fizeram para destruir a forma de glória de que o primeiro homem se revestia, e torná-lo por este meio suscetível como eles de se encontrar em privação divina. Eis a explicação exata do primeiro tipo, que Adão, Caim e Abel formam, com os tristes sucessos que os acompanharam.”. - Tratado de Reintegração dos Seres, Martinez de Pasqually
"Mas é ainda na origem, mais exatamente desde a brutal divisão que se estabeleceu entre os cultos celebrados por Caim e Abel, o justo, que a tradição se divide em dois ramos distintos e completamente antagônicos, não sendo possível conferir um caráter único a noção de ‘tradição’, como tentam fazer certos autores tradicionais, pois essa tem uma dupla essência, constituindo-se de:
Um ramo de Abel, puro e santo, dito “não apócrifo”, pois possui os elementos do culto verdadeiro e da “Santa Doutrina” que o acompanha;
Um ramo de Caim, positivamente apócrifo, estranho e totalmente ignorante dos elementos do verdadeiro culto e da “Santa Doutrina”.
Existem assim dois cultos, os quais Caim e Abel deram nascimento, desde a origem da história dos homens, duas tradições antigas ou primordiais (caso se queira empregar esse termo), mas de forma alguma equivalentes.
Os acontecimentos que levaram a revelação do Divino Reparador, são parte da religião primitiva transmitida pela tradição não apócrifa, estabelecida desde a origem sobre “uma palavra, um culto e uma lei”, três elementos que foram preservados em uma grande cadeia que vai de Adão até Jesus Cristo (Abel, Seth, Elias, Enoch, Noé, Melquisedeque, Josué, Zorobabel, etc.) detentora das bases do sacerdócio confiado a Adão pelo Eterno.".
I.C.J.M.S.
Que Nossa Ordem Prospere !!!
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