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Carta de Bacon de la Chevalerie à JB Willermoz (1775) Acerca de Martines de Pasqually

Martinez de Pasqually, muitas vezes "canonizado" e "idolatrado" por maçons, martinistas, pseudo-rosacruzes e "ocultistas" em geral; não gozava exatamente da fama de sábio ou santo entre muitos maçons de sua época. Maçons esses que, muitas vezes, o conheciam de perto pois haviam se submetido diretamente a seus ensinamentos e teriam mantido contato constante com sua figura enigmática e extremamente questionável. O que apresentamos a seguir é um excerto de uma carta de Bacon de La Chavalerie que demonstra não somente essa aversão em relação ao guru do cohens, como também evidencia que Willermoz não necessáriamente "tratava muito bem" seus antagonistas (isso já vimos em alguns trechos da obra de Alice Joly: Un mystique lyonnais".


Fonte: http://logedermott.over-blog.com/


[...]

Eu não sei, senhor, o que lhe disseram para alarmar a Ordem dos Elus Cohëns e, especialmente, minha reputação - é verdade, eu falei sobre a ciência de Martines e sua vigarice, mas não revelei nenhum segredo da Ordem, há muito mais escrito na Enciclopédia sobre o assunto dos Rosa-Cruzes do que eu disse às pessoas com quem falei.


Não sou entusiasta nem perjuro, fui descaradamente enganado por um impostor, insultado por pessoas honestas, com base na confiança nesse mesmo impostor, conhecido por eles como tal: dediquei minha indignação ao primeiro, ele a levou para o túmulo, e minha piedade aos últimos.


Resta-me um profundo desprezo. Além disso, para tudo o que era ilusório no que me foi mostrado, embora eu tenha uma tendência a acreditar que de fato existe alguma realidade na ciência que esse vigarista de Martines se estabeleceu como professor, e esse empreendimento só servia ao orgulho humano.


Quanto aos juramentos que me exigiram sem conhecimento prévio, fui obrigado a apreciá-los pelo desprezo que Martines próprio demonstrou por eles, assim como você e os outros R+ demonstraram. Mas não tenho culpa de ter falado menos sobre o assunto do que Martines em uma única conversa com profanos, mulheres, entre elas a Condessa de Lusignan.


Posso ter falado sobre invocações, mas não mencionei nem uma palavra de poder, nem nenhuma de nossas formas. Não fiz nenhum uso da autoridade que me foi confiada, que mantenho porque nenhuma criatura humana pode me tirar; que homens cegos e entregues a um momento de incoerência acreditaram muito levianamente que eu havia perdido.


Sofri sem amargura e sem murmúrios os efeitos de sua fraqueza, mas não suportaria que me acusassem de falhar em meus compromissos. Isso exige um longo comentário. Estou respondendo a sua carta apenas de forma resumida, mas quando quiser, daremos toda a extensão necessária à minha resposta. Eu aprecio, reconheço e respeito a franqueza com que você falou comigo, mas lamento a cegueira que o tornou, assim como os outros, injusto comigo. Abraço você, meu caro Willermoz, de todo o meu coração. Fim da Carta

I.C.J.M.S. Que Nossa Ordem Prospere !!!

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