Extraído do livro "Un Místico Lyonés y los secretos de la Francmasonería, Jean Baptiste Willermoz (1730-1824)", de Alice Joly, Edições Télètes, Paris, 1986. Reprodução integral da edição Mâcon de 1938.
[Nota do Tradutor: A posição do Blog Primeiro Discípulo sobre a alquimia é amplamente conhecida pelos nossos leitores. Para nós, ela sempre foi uma pseudociência que, embora tenha realizado algumas descobertas importantes para o campo científico verdadeiro, apenas serviu para alimentar o pensamento mágico daqueles que se deixaram enganar por promessas falsas de riqueza e imortalidade. É importante lembrar que, apesar de alguns alquimistas terem realizado importantes contribuições para a ciência, muitos deles foram influenciados por crenças místicas sem nenhuma fundamentação lógica e/ou superstições diversas, o que os levou a acreditar em coisas que não eram comprovadas cientificamente. Ainda hoje há aqueles que emprestam a alquimia alguma confiabilidade, isso dado a uma imensa literatura de argumentações sofismáticas (geralmente produzidas por grupos ou pessoas que angariam para si alguma vantagem financeira) , que tentam conduzir os crédulos a uma busca pelo mágico e maravilhoso (o que na maioria das vezes culmina na transmutação do dinheiro da conta bancária do indivíduo A para a conta bancária do indivíduo B).]
Ao final de 1784, um novo perigo apareceu para ameaçar o Chanceler ab Eremo em sua influência sobre seus discípulos e na integridade de sua doutrina. Esse perigo veio na forma do Conde Phoenix, um viajante de passagem, que solicitou uma entrevista urgente com Willermoz.
As pessoas suspeitaram que sob esse pseudônimo se escondia o famoso Cagliostro, cuja reputação de ser homem estranho e dado ao luxo já era conhecida. Depois de cerca de três anos na França, e depois de ter viajado por Alemanha, Itália, Rússia e Polônia, o sucesso do personagem era notícia de primeira página. Cagliostro não tentou esconder sua verdadeira identidade e havia adotado o pseudônimo para chamar ainda mais atenção para si. Ele chegou a Lyon como um homem novo, com novas intenções.
Cagliostro havia fugido após três anos em Estrasburgo. Fugia de discípulos ávidos por alcançar certos resultados por ele prometidos, em especial de um protetor generoso e crédulo cuja paciência estava se esgotando, e por detratores entre os quais o mais obstinado era um de seus antigos empregados. Era-lhe necessário então um novo palco a fim de dar continuidade a suas proezas. Inicialmente pensou em ir para Nápoles, pelo sul da França, se dirigindo para Bordeaux, onde chegou em novembro de 1783. Lá, demonstrou interesse de seguir para Inglaterra, mas foi tentado pelo acolhimento recebido na cidade girondina, onde se estabeleceu por onze meses, dando consultas, “curando”, fazendo revelações… enfim, suscitou a curiosidade geral chegando a ser inspiração para poetas. Nesse tempo, encontrara um secretário modelo na pessoa do lyones Rey de Morande.
Uma doença interrompeu essa estadia produtiva, dando outro rumo à sua carreira. Cagliostro afirmou que teve uma visão que o obrigou a sepultar o homem velho e se consagrar a fazer o bem entre os seus semelhantes, perseguindo objetivos mais elevados e ciências mais raras, incluindo a Maçonaria e a metafísica. Essa mudança não foi de todo surpreendente. Cagliostro já era maçom. Durante suas viagens pela Europa, ele pôde conhecer muitos segredos e lendas que circulavam pelas lojas. Não era de se estranhar que ele quisesse usá-las, esforçando-se para manter o interesse do círculo de seus admiradores. Tática astuta, para um homem que buscava acima de tudo ser conhecido e comentado. Isso lhe permitia, por enquanto, atiçar a imaginação e garantir grandes doses de encenação diante de seus partidários e inimigos, refugiando-se em uma atividade densa do que a de curandeiro. O papel de fundador de um sistema maçônico o tentava. Ele poderia garantir uma renda regular com a venda de jóias, graus e pagamentos de contribuições. Mas, se entendemos muito bem que o Grande Copta tenha optado por se juntar aos maçons, organizando uma seita em benefício próprio, não se explica de maneira alguma por que ele decidiu estabelecer a Loja Mãe do Rito Egípcio nas margens do Rhône e do Saône.
Sua intenção pode ser atribuída ao fato de que Lyon era uma cidade rica e que já possuía um centro maçônico fortemente ativo. No entanto aqueles que estudaram a curiosa carreira do aventureiro tendem a explicar a sua escolha afirmando que sua intenção real era chamar atenção para Lyon como centro do ocultismo e da maçonaria no século XVIII. Paris, sob esse ponto de vista, era incomparavelmente mais importante, e a carreira aventureira de Cagliostro poderia, se esse tivesse sido seu desejo, escolher outras cidades mais propícias para as fantasias de fundadores de sistemas secretos e para os prodígios de mágicos de todos os tipos. Pode-se concluir que o Grande Copto veio a Lyon em busca de aventura, com o objetivo de explorar um novo terreno - o que já seria razão suficiente - e a primeira coisa que ele fez foi entrar em contato com Jean-Baptiste Willermoz.
Um artigo de M. Van Rijnberk [1] trouxe à luz um fato extremamente característico que escapou à perspicácia dos biógrafos de Cagliostro e dos aficionados pela história local: É que Willermoz era muito discreto sobre tudo o que se relacionava com a vida de suas lojas maçônicas, e Cagliostro não tinha nenhum motivo aparente para se gabar de sua relação com o Chanceler da Regência Escocesa da Província de Auvérnia. Isso explica por que Cagliostro decidiu fazer essa viagem a Lyon e por que ele acreditava que a grande cidade de Lyon seria o lugar ideal para estabelecer seu Rito Egípcio.
Com base nisso, tudo se explica. Bordeaux abrigava pessoas que poderiam ter informado Cagliostro, além de Rey de Morande, sobre a personalidade de Willermoz, o que poderia ter lhe dado uma opinião muito positiva acerca dele. O Diretório de Occitânia, tão separado das outras Províncias da Ordem Retificada, sabia do papel que o Irmão ab Eremo desempenhava na dirigindo a Ordem na França e não ignorava a importância que se lhe havia dado durante o Convento de Wilhelmsbad, pois ele era acusado justamente de ser apoiado por príncipes alemães para dirigir a Ordem conforme sua própria vontade. Será que Cagliostro também se lembrava da escola do mago de Bordeaux, Don Martinez? Isso é muito menos certo. Parece que ele não sabia nada sobre o conhecimento secreto daquele que desejava encontrar, no entanto, ele acreditava que seria muito útil trazer a pessoa de Willermoz para sua própria causa, devido à sua reputação e conexões. Isso lhe garantiria uma entrada brilhante na maçonaria mística.
No dia seguinte à sua instalação no Hotel da Rainha, ele enviou uma mensagem para Jean-Baptiste Willermoz. Desde as primeiras palavras de seu primeiro contato, ele já iniciou suas artimanhas, propondo revelar seus segredos para a loja "A Beneficência", constituindo-a como guia e guardiã do Rito Egípcio.
Willermoz contou sobre essa entrevista para Charles de Hesse [2]; ele também narrou, de maneira mais oficial, para o Duque Havré de Croy em 13 de dezembro de 1785 [3]. Alguns detalhes são muito vívidos e fortes, apesar do talento epistolar mediano de Willermoz. O fato é que se encontraram quatro vezes para conversar - conversas que se deram de forma muito séria sem qualquer amabilidade presente - a última tendo durado cerca de cinco horas.
Cagliostro, fastuoso, misterioso, importante, habilidoso em manipular o seu olhar fascinante, buscava deslumbrar o seu interlocutor com palavras, promessas miríficas e propósitos sibilinos. O outro, calmo e educado, extremamente reservado, esforçava-se por ter o papel de um homem cuja reputação estava estabelecida e que possuía apenas vagas noções sobre aquela ciência superior de que o viajante se orgulhava.
Phoenix-Cagliostro declarou estar cansado de exercer a medicina, pois essa função criava principalmente muitos inimigos para ele, e que queria se dedicar no futuro a instruir Maçons cuidadosamente escolhidos. Além disso, para mostrar o valor extraordinário dessas próximas aulas, ele prometeu fornecer evidências esclarecedoras de seu poder.
- “Non verbis, sed factis et operibus probo.”
Essa facilidade em latim não impressionou em absoluto o seu interlocutor, que apenas perguntou de que tipo seriam as ações e as obras que constituiriam a sua prova. "Qui potest majus, potest minus" respondeu o mago.
Willermoz, um tanto irritado com o latinismo, o interrompeu. Cagliostro queria apresentar sua prova por meio de um “minus”, fenômeno pertencente às ciências materiais, enquanto o outro queria como apresentação um “majus”, fenômeno pertencente ao mundo espiritual e divino. Willermoz explicou que tinha pouco interesse em fenômenos físicos, alquimia ou adivinhação, fazendo o conde entender que para ele os conhecimentos do conde pouco importariam, a menos que pertencessem à ordem sobrenatural. No mais, Willermoz fazia questão de estar presente e acompanhando de muito perto qualquer operação destinada a produzir tais provas, a fim de não perder de vista o operador durante todo o tempo da operação. Cagliostro concordou com tudo, mas não gostou muito dessas condições e fez muitas objeções.
O astuto italiano precisava de acessórios para mostrar suas proezas, como um prestidigitador. Ele usava uma menina jovem, a quem chamava pupila ou columba, com um biombo ou cortina. Os assistentes eram afastados além de uma linha que não deviam ultrapassar, e havia sempre um momento em que o mágico desaparecia, para não voltar até o momento em que o milagre era realizado. Era difícil para Willermoz fazer o italiano mudar essa técnica para melhor observar.
Apesar daquele mau começo, Cagliostro esforçou-se nas entrevistas seguintes tentando impressionar o reservado lyones, cujo apoio era para ele tão necessário. Não conseguindo persuadir a Willermoz com seu “poder sobrenatural”, tentou impor-se exibindo suas relações, mostrando cartas do Cardeal de Rohan [4]; insinuou ainda que poderia fazer ouro e pedras preciosas. Finalmente, arrogou para si uma longevidade misteriosa, imitando o imortal Saint-Germain; afirmou ser o primogênito de Moisés e, portanto, mais antigo do que Jesus Cristo, e que havia sido aceito como maçom sob a Grande Pirâmide do Egito.
Willermoz escutava friamente tudo o que dizia o conde acerca de seus propósitos, mas estes não o impressionaram. Ele colocava tudo de forma precisa e exigia o cumprimento das promessas que o futuro fundador do Rito Egípcio fizera de demonstrar sua alta ciência. Cagliostro, no entanto, sempre adiava a apresentação de provas para a próxima ocasião. Durante quatro dias, o conde tentou em vão usar seu poder de sedução para convencer Willermoz. Mas mesmo tentando impressioná-lo com sua conversa vazia e suas exibições, ele não conseguiu convencê-lo.
A última conversa tratou sobre a natureza de Jesus Cristo.
Escreveu sobre isso Willermoz: "Ele pareceu embaraçado e indeciso. No entanto, acabou por declarar que Jesus Cristo não é Deus, mas apenas filho de Deus, assim como ele próprio, e um filósofo. Perguntei então como ele explicava certos trechos do Evangelho que ele mesmo mencionara algumas vezes. Ele afirmou que todos esses versículos eram falsos e foram adicionados ao texto. Ele me perguntou, por sua vez, qual era minha crença a respeito. Fiz minha profissão de fé." [5].
O aventureiro sentiu que a partida estava perdida. Mas um tipo como ele sempre procura vantagem em uma derrota. E isso lhe permitiu voltar atrás em suas promessas embaraçosas. Ele alegou que, dada essa diferença de crença, lhe era impossível fornecer qualquer prova de seu poder. A isso, o outro respondeu que uma diferença de opinião não impedia os fatos. Cagliostro, então, persistiu em sua recusa. Willermoz disse então que ele havia faltado com a palavra dada. Cagliostro alegou que ele a havia arrancado. Willermoz ficou então irritado com tamanha má-fé e o italiano respondeu-lhe de forma furiosa:
- "Será que você veio aqui para julgar o conde de Cagliostro? Saiba que ninguém pode julgar o conde de Cagliostro, que pode se dizer conde, duque, príncipe ou o que lhe aprouver!"
A pergunta não era relevante. Willermoz observa que, do ponto de vista da ciência espiritual, o maior potentado da terra é simplesmente um homem. E ele apontou para seu interlocutor que tinha mais interesse do que ninguém em desmentir seus inimigos e reunir provas de seu saber. Mas Cagliostro estava disposto a ficar irritado, o que era a única maneira de se desvencilhar de uma situação tão violenta.
Willermoz, então, deixou o quarto dizendo que "já tinha visto o suficiente para saber o que devia pensar". Enquanto o outro o desafiou a não deixar a cidade antes de ter fornecido, por seu poder, tais provas, para que aqueles que o desprezavam se arrependessem amargamente de sua desconfiança.
Ameaça vã. Willermoz nunca teve que se arrepender por ter recusado os segredos do Grande Copto, nem por ter falhado em alguma de suas sessões mágicas.
No entanto, o sucesso do Conde em Lyon foi, inicialmente, brilhante. Os doentes frequentavam os salões do curandeiro. Alguns maçons ricos e distintos se interessaram por suas concepções maçônicas, eles pertenciam à antiga loja "A Sabedoria", que viria a adormecer depois de anos, desde sua fundação, ocupada apenas em banquetes e em profundas deliberações. Cagliostro, na falta de "A Beneficência", ficou feliz em iludir os maçons de “A Sabedoria” dando-lhes a esperança de conhecer em breve os segredos misteriosos da ciência, da saúde e da riqueza; ele foi quem transformou seu nome em "A Sabedoria triunfante" e infundiu-lhe a ambição de deslumbrar o universo com seu esplendor, a partir de suas reuniões espetaculares e seus uniformes verdes, com penduricalhos dourados e lantejoulas.
Isto não era gratuito, custava muito caro a esses mestres que tinham o privilégio de serem fundadores da Mãe Loja da Maçonaria Egípcia [6]. Mas eles estavam pouco preocupados com gastos, até aquele momento, em que o interesse pelo que estava sendo preparado legava qualquer outro assunto a segundo plano. No entanto, assim que o entusiasmo inicial passou, a desconfiança recaiu sobre os maçons que apoiaram o conde. As paredes da nova loja ainda não haviam sido construídas quando já surgiam todos os tipos de contestações e reclamações [7]. Mas já pouco importava para Cagliostro, que havia deixado Lyon para outras intrigas.
Abandonando sua fundação em um estado de esboço, Cagliostro retornou a Paris em fevereiro de 1785. Seus fiéis continuaram com a preparação do templo, que foi concluída no decorrer do verão. Esperavam o conde para inaugurá-lo e concluir o ensinamento dos seguidores do Rito Egípcio. O destino decidiu de outra forma. O escandaloso assunto do colar, que mudou, diz-se, o destino da monarquia francesa, com certeza pôs fim ao progresso de "A Sabedoria Triunfante". Privada de seu animador, ela lânguiu. O esquecimento sucedeu ao triunfo, já diminuído. Apenas alguns discípulos, obstinadamente fiéis, guardaram sua admiração pelo prestigioso mestre, seguindo as vicissitudes de seu destino, que foi cruel[8].
Não sabemos muito sobre a atitude de Willermoz e seus seguidores enquanto durou em Lyon a moda da seita rival. É provável que o Chanceler ab Eremo estivesse bastante preocupado, embora estivesse seguro de sua fé e de seu direito [9]. A nova loja foi construída nos Brotteaux "a cem passos à esquerda da casa do Diretório" [10], ao lado da casa Bertrand, onde Jean-Baptiste Willermoz morava; portanto, era fácil acompanhar todos os incidentes da fundação.
Willermoz soube que surgira um relato que Prost de Royer, morto no mês anterior, havia ido como um fantasma renegado dar o apoio de sua notoriedade passada ao mago da moda. Será que Cagliostro, informado não só pela popularidade, mas pelas relações maçônicas do antigo tenente de polícia, sentia um prazer maligno em se aproveitar de um membro de "A Beneficência" para estabelecer firmemente sua própria reputação de taumaturgo? O amor-próprio do Chanceler de Lyon deve ter sofrido também quando soube que os Filaletas, que sentiam por ele um desprezo premeditado, haviam dirigido todos os tipos de convites de Cagliostro aos seus para que o Rito Egípcio estivesse representado em seu famoso Convento.
De qualquer maneira, em agosto de 1785, Willermoz parecia convencido de que o Grande Copto era "um maçom da espécie mais perigosa", um sacerdote de Baal, adequado para usar fraquezas no caminho da perdição. Ele alegou ter mudado a palavra de passagem do grau de Aprendiz, justamente para preservar seus irmãos de qualquer comunicação com os seguidores do falso profeta [11]. Mas pouco tempo depois, ele mostrava mais indulgência e não se sentia diretamente ameaçado, não estando tão seguro da perversidade do personagem. Ele admitia que só queria "fazer as pessoas acreditarem" e não era sábio o suficiente para ser tão perigoso quanto se poderia pensar [12]. Na carta oficial que escreveu para o duque Havré de Croy em 13 de dezembro [13], agradece à Providência por ter reconhecido os perigos e, de acordo com sua indulgência, sente pena pelas pobres pessoas que foram enganadas. "Acima de tudo", escreveu para o príncipe Charles de Hesse, "foi o desejo pelo maravilhoso e a avidez por ouro que fizeram suas cabeças girarem" [14]. Esta reflexão, vindo de sua própria pena, é interessante. Mostra como ele se conhecia mal, pois vivia, nesta época, no meio das experiências mais estranhas que o levavam, não pela avidez por ouro, de que sempre foi protegido, mas justamente pelo desejo pelo maravilhoso, do qual sabia tão bem reconhecer os perigos.
Não é excessivo julgar que não foi tanto o bom senso e a fé na divindade de Cristo que protegeram Willermoz contra Cagliostro, mas sim o simples fato de que este último chegou muito tarde para lhe oferecer seus prodígios, em um momento em que, graças a Mesmer e à prática do magnetismo animal, ele havia perdido todo o desejo pessoal de criar milagres maravilhosos ao seu redor.
Notas:
1 - Willermoz y Cagliostro. Extrato da revista Metapsíquica, junho de 1934. “O ocultismo e a metapsicologia do século XVIII na França”.
2 - Van Rijnberk, obra citada, carta de 6 a 8 de novembro de 1784: "Ele vinha com o desejo de estabelecer o Rito Egípcio na França, tendo Lyon como centro... ele havia colocado os olhos na loja "A Beneficência" em Lyon".
3 - Lyon ms. 5458, pieza 11.
4 - Nota do Blog Primeiro Discípulo: Segundo informações recebidas de Estrasburgo, quando estava em Alsácia Cagliostro estava na miséria e o cardeal realmente havia se correspondido com ele e lhe mandado dinheiro. Não era raro, por onde o conde tinha passado, relatos de famílias inteiras assumindo enormes gastos a fim de custeá-lo.
5 - Van Rijnberk, ob. cit. Willermoz a Charles de Hesse, 8, 9 de novembro de 1784.
6 - Willermoz escreveu para o príncipe de Hesse, em novembro de 1785, que lhe haviam dito que alguns dos membros fundadores privilegiados haviam pago 600 libras.
7 - A. Pericaud. "Estadia de Cagliostro em Lyon". Cagliostro não só extorquia dos seus admiradores somas de prata para o templo de Brotteaux, como também presentes de seda para sua esposa. Ele havia vendido uma grande quantidade de segredos sem valor para os filhos de Retaux de Vilette, interventor dos Octrois, parece que devido a todos os problemas os que apoiaram o conde se recusaram a saldar as dívidas após a partida dele.
8 - Esse poder de sedução do Grande Copto evidentemente sobreviveu à tumba. A lenda de Cagliostro, grande iniciado, benfeitor da humanidade, mártir do obscurantismo, sempre tem partidários eloqüentes.
9 - "Isso nos poupa um pouco de trabalho, pois os converte em maçons egípcios". Willermoz para Charles de Hesse, 8 de novembro de 1784.
10 - "Sabemos que ‘A Sabedoria Triunfante’ tinha sua sede à direita do passeio dos Brotteaux, atual passeio Morand. Foi destruída durante a Revolução."
11 - Willermoz a Charles de Hesse, 1 de agosto de 1785, Van Rijnberk, ob. cit.
12 - Willermoz a Charles de Hesse, 6-8 de novembro de 1785, Van Rijnberk, ob. cit.
13 - Carta aol duque de Havre, Lyon ms. 5458, p. 11. 13 de dezembro de 1785.
14 - Willermoz a Charles de Hesse, 6-8 de novembro de 1785.
I.C.J.M.S.
Que Nossa Ordem Prospere !!!
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