Extraído do Capítulo VII do livro "Un Místico Lyonés y los secretos de la Francmasonería, Jean Baptiste Willermoz (1730-1824)", de Alice Joly, Edições Télètes, Paris, 1986. Reprodução integral da edição Mâcon de 1938.
O primeiro Colégio de Grande Professos, em data e importância, foi o Colégio Metropolitano de Lyon, contando com onze membros em 1778, época de sua fundação, e vinte membros em 1781. Gaspard de Savaron era seu presidente, Jean Paganucci era o censor e Willermoz era o Depositário, tendo como substituto o fiel Perisse-Duluc. Depois vieram os dignitários do Colégio Escocês e entre eles a maioria dos que faziam parte do Templo dos Filósofos Elus Cohen de Lyon; Lambert de Lissieux, Barbier de Lescoët, Sellonf, o Dr. Willermoz, Henry de Cordon, Jean-Marie Bruyzet, Antoine Willermoz, o Decano de Castellas e Jean-Paul Braun. Havia também alguns recém-chegados, recentemente admitidos como Cavaleiros Benfeitores: Jean-Pierre Molière, Pierre Bruyzet, Alexandre de Monspey, Antoine Sabot de Pizay, Bernard de Rully, Claude de Rachais e Jacques Millanois. As datas de admissão dos mesmos ao número de Grandes Professos revela que para eles a permanência nos graus simbólicos e interior deve ter sido muito curta ou, quem sabe, inexistente.
Estrasburgo reunia cinco Grandes Professos: Jean de Turkheim era o Presidente e Rodolphe Saltzman o Depositário[1]. Turim, na VIII Província, também tinha um Colégio. Willermoz havia sem dúvida aproveitado a passagem dos Irmãos italianos em 1779 e 1780 para iniciá-los na Ordem Secreta, ao mesmo tempo que ocorriam as decisões do Convento das Gálias. O Depositário, que em cada Colégio representava claramente aquele em quem Willermoz confiava, era o Dr. Sebastian Giraud[2].
Em Chambery, quatro dos mais antigos Irmãos de "A Sinceridade", desde 1779, haviam sido admitidos entre os Professos. O Presidente era Hipolyte Deville e o Depositário Marc Revoire. O que é fácil de se explicar porque este último já era um Cohen. Os outros dois eram Joseph de Maistre e Jean-Baptiste de Salteur.
O Colégio de Grenoble compreendia o Comendador de Savye, Yves Giroud como Depositário, Joseph Prunelle de Liére Censor, André Faure e Francois-Henry de Virieu. Todos haviam sido recepcionados em 1779, o mesmo ano em que sua loja "A Beneficência" havia sido retificada pelo Diretório de Lyon.
Montpellier possuía um Colégio de cinco membros, com Guillaume Castaing de la Devéze como Presidente e Antoine Castillon como Depositário[3].
Nápoles também tinha seus Professos. Diego Naselli, seu Presidente, havia sido iniciado ao mesmo tempo que seu compatriota, Joseph Pepe, quando passaram por Lyon em 1780[4].
Se compararmos o quadro composto em 1782 com a lista de assinaturas de Professos recepcionados de dezembro de 1778 a novembro de 1781[5] constata-se que vários dos que tinham sido recebidos ao primeiro grau não foram admitidos mais tarde. Antoine Prost de Royer, Ludovic Bayerle, Duperret, Boyer de Rouquet[6] figuram neste caso. Tinham estado entre os primeiros membros fundadores da Classe Secreta. Mas é bem evidente que haviam sido eleitos, sobretudo por oportunismo, do que por alguma das excelentes razões de aptidão e de mérito pessoal que eram a regra no recrutamento desse círculo místico. Jean-Baptiste Willermoz reservava-se o direito de manipular livremente os regulamentos, dos quais era o autor, não tendo já necessidade desses Irmãos, não se preocupou em levá-los adiante em seus pensamentos e projetos.
NOTAS:
1 - Os Professos estrasburgueses eram além Turkheim e Saltzman, Daniel Ulman, Censor, Laurent Blesssig e Joseph Fabry.
2 - Gabriel, conde de Bernesse, Presidente; Sebastian Giraud, Depositário; Alexandre Velpergue de Mazin, Marques de Albarey; Jean Valpergue de Mazin, Marques de Caluze; Ferdinand Scarampi de Courtemille.
3 - Guillaume Castaing de la Devéze, Presidente; Antoine Castillon como Depositario; de Ferrand, Etienne Vialette d’Aignan y du Bousquet.
4 - Diego Naselli, Presidente; Joseph Pepe, Censor; Francois Vilignani, Depositario; Caracciolo, Nicolas Boccapiolana, Vincent de Revertera, Marzio Mastrilly, Gaetano Montalto.
5 - Documento cuja cópia foi cedida por MM Bricaud, consta que o original se encontra guardado nos arquivos da Grande Loja Escocesa da França.
6 - O caso do Dr. Boyer de Rouquet é diferente e foi provavelmente a morte que veio a frear seu progresso na Classe Secreta. Seu nome não figura nos almanaques de Lyon de 1783 a 1784 nas listas dos notáveis.
I.C.J.M.S.
Que a Ordem Prospere !!!
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