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LIBERTATEM LAPIS

Unidade espiritual entre Willermoz e Saint-Martin

Atualizado: 14 de out. de 2020


Publicado pelo Diretório Nacional Retificado da França em seu perfil no Facebook

5 de janeiro de 2013


A relação de Louis-Claude de Saint-Martin e Jean-Baptiste Willermoz é um tema fascinante pela extraordinária riqueza de ambas as personagens. Saint-Martin se instala com Willermoz na casa que ocupava a família Bertrand no bairro de Brotteaux, quando da sua chegada em Lyon em setembro de 1773. Viveria ali durante sua estadia em Lyon, e o tempo em que se levariam a cabo as lições de Lyon aos Elus Cohen (1774-1776). Saint-Martin relatou as condições de seu cômodo nesta casa, enquanto trabalhava em seu primeiro livro, “Dos erros e da verdade”: “Escrevi as primeiras trinta páginas que mostrei ao círculo que instruía para o Sr. Willermoz, e me comprometeram para continuar...” (Retrato, 165). Se pode imaginar o ambiente que deveria reinar em Lyon naquela época .


Más além das diferenças entre as duas personalidades (não se pode esquecer que Saint-Martin é mais jovem que Willermoz e o respeito pelos mais velhos tinha sentido no século XVIII), se estabeleceu um forte vínculo entre Saint-Martin e a irmã de Willermoz, a senhora Povensal, que Saint-Martin designava sob o nome de “Mãezinha”, o qual é indicativo de seu compromisso com ela. Também havia uma relação estreita entre Saint-Martin e Antoine Willermoz, irmão de Jean-Baptiste, com ele visitou a Itália em julho de 1774 desde Gênova a Turim, encontrando-se com os irmãos italianos instruídos nas práticas martinezistas.


As diferenças entre Saint-Martin e Willermoz eram referentes a questão do marco estrutural da via segundo o interno, não sobre o fundo da questão (ambos se afastaram da teurgia, afastando-se de seus métodos, por razões diferentes a primeira vista - Saint-Martin parece haver-se beneficiado mais da gratificação da “Coisa” durante as operações), pensando de forma relativamente similar e idêntica no plano teórico que contem uma verdade central que lhes parecia muito evidente apos o desaparecimento de Martínez: O segredo do verdadeiro culto, transmitido de geração em geração - culto que era o objeto dos trabalhos dos Cohen -, em realidade se desenvolve na prática na identidade que existe hoje em dia, pela vinda de Cristo, entre “verdade” e “revelação” do Espírito, por aquele para quem ha sido iniciado no mistério autêntico, a ciência divina não é outra que o conhecimento íntimo e interior de Deus, conhecimento que é, por sua vez e nele mesmo ato, a teoria do verdadeiro culto e a prática de sus celebração.


Tal é a chave explicativa da inutilidade, em última instancia, das práticas externas, pois quando se é aproximado, autenticamente, ao conhecimento íntimo de Deus no coração humano, este conhecimento se desvela como sendo ao mesmo tempo revelação da ciência secreta e celebração do culto divino pois, depois de Cristo, é “em espírito e em verdade” que Deus deve ser adorado (João IV:24); e esta indicação do Divino Reparador no evangelho ha de ser tomada muito a sério no plano iniciático e espiritual. Ademais, com efeito, Willermoz era mais afim ao marco maçônico para garantir à estabilidade e preservação do depósito doutrinal com vistas a proporcionar as almas de desejo uma via segura até a verdade, dada a condição do mundo e dos mesmos homens.


Assim fica claro que Willermoz declare que uma “estrutura” é necessária na situação atual. Saint-Martin, pelo contrario, considera que este marco (estrutura) é, no melhor dos casos, una concessão à debilidade humana, e no pior inútil, restritivo e um impedimento para lograr o “grande assunto”. Em uma carta de 1783, Saint-Martin expõe sinceramente a natureza de suas queixas a Willermoz, declarando-lhe com uma franqueza pouco comum que a origem do erro é tratar de “... centrar o espírito em códigos e escolas. Tal foi o defeito de nosso falecido Mestre [Martínez], assim como do resto de nós, seus discípulos. Retrato-me totalmente dele até abjurar hoje de todas essas ordens nas quais se mostra o homem e se afasta Deus” (Saint-Martin, carta a Willermoz de 10 de fevereiro 1783).


I.C.J.M.S. Que Nossa Ordem Prospere !!!

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